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“Nua”: diretora Fabi Melo grava novo curta em Campina Grande e Fagundes

Gravações do curta-metragem "Nua" seguem até o próximo domingo (7)


Por Beatriz Alves


Bastidores de gravação do curta "Nua" - Foto: Carla Batista - Campina Cultural
Bastidores de gravação do curta "Nua" - Foto: Carla Batista

As gravações do curta-metragem "Nua", da diretora e roteirista Fabi Melo, começaram na última quinta-feira (4) e vão até o domingo (7). Grande parte das cenas estão sendo gravadas em Campina Grande e uma cena em Fagundes, na Pedra de Santo Antônio. Com lançamento previsto para o segundo semestre de 2024, o filme reflete as angústias da essência feminina, o curta visa destrinchar a maneira como os padrões de beleza estabelecidos pela sociedade afetam a autodescoberta das mulheres.


“O curta-metragem Nua, nasce a partir das relações e discursos que ouvi ao longo da minha vida enquanto corpo feminino existente, seja direta ou indiretamente, afinal não é difícil nos depararmos com discursos machistas, inclusive explanados por outras mulheres”, descreve a diretora do curta Fabi Melo. “Acredito que cada personagem que eu crio, carrega um pouco (ou muito) de alguém, de mim e também dos desconhecidos com quem me deparo na rua”, acrescenta.


"Nua" coloca em primeiro plano as dúvidas e ansiedades internas de uma mulher, desencadeadas pela imposição de padrões de beleza pela sociedade. No curta, a protagonista Eva passa um dia inteiro recordando o passado e tendo crises existenciais, indo ao encontro de suas outras duas fases da vida: sua versão criança e sua versão adulta, alternando entre elas.


Nesse diálogo entre as fases da personagem, a versão criança traz uma reflexão sobre como a ideia de beleza e do corpo ideal que as pessoas possuem, e aplicam desde cedo, pode contribuir para uma distorção de imagem. Especialmente em uma idade em que a personalidade e o gosto pessoal ainda estão sendo desenvolvidos, podendo causar vários problemas mais à frente.


A produção conta com uma equipe formada inteiramente por mulheres. As atrizes Soia Lira, natural de Cajazeiras (PB); a atriz mirim Maria Flor Gomes, de João Pessoa; e a atriz Priscilla Vilela, que reside em Natal, foram convidadas para estrelar o papel principal, cada uma representando uma das fases de Eva.


“Propositalmente, desde o início eu sabia que queria fazer um filme que falasse sobre o corpo feminino, que fosse contado por mulheres, através desse olhar e sensibilidade e que dialogasse e atravessasse outras mulheres”, explica Fabi Melo.


Sobre Fabi Melo

Fabi Melo é graduada em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda e em Produção Audiovisual - Rádio, Tv e Cinema. Trabalha no audiovisual há catorze anos e como roteirista e diretora, assina 06 curtas metragens, dentre eles: "Nem todas as manhãs são iguais" e, o mais recente, a animação "Para onde eu vou?". Atualmente trabalha na realização de dois novos projetos: “NUA” e “LUTO”.






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